Eu fiz do mundo o meu palco.
Onde escolho as cenas que vou viver, não quero atuar!
Sou um artista da realidade: vivo, interpreto e transmito
meus sentimentos.
Alguns dias, eu não digo nada, vivo a modalidade “mudo”, por
ventura em algumas cenas e de forma estratégica me mantenho como um figurante,
atento ao que acontece a minha volta, sou uma platéia encenando a cena, um
expectador atencioso aos detalhes de tudo aquilo que se vê do lado de dentro do
palco.
Mas, na grande freqüência, e me faz ser satisfatório, me
alegra, me encanta, me fascina: ser o principal protagonista.
Não quero encenar, não quero fingir.
Vivo a realidade, o sentimento dentro do meu palco.
Devo estar bem, aparentar estar bem!
Devo perceber com a sensibilidade dos fatos, acontecimentos
acima de tudo dos atos.
O mundo é o meu palco, nasci para ele e faz parte de quem
sou, saber fazer as amarrações corretas, saber distinguir. Se por momentos
pensar em deixar pra lá, esquecer até, meu cérebro não deixa. Acusa em minha
face e em meus gestos sinais em forma de afirmação, que estou enganando a mim
mesmo.
No meu palco, não existe espaço para atuação, apenas para a
verdade.
Meu palco é o mundo, a dramaturgia que me foi apresentada é
a história de “a que vim à esta vida”.
Vim para estar neste palco, dele eu não posso fugir, menos ainda
deixar de ser quem sou.
Geizom Sokacheski |
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