quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Dízimo

Por : Padre Reginaldo Manzotti
Convidado: José Augusto Weber, missionário da Pastoral do Dízimo, da Arquidiocese de Curitiba.
TEMA: DÍZIMO
15/11/2008


Você pode interpretar equivocadamente, o Evangelho que lemos hoje, e achar que Jesus disse que o dízimo não é importante. Porém, saiba que é muito importante pagar o dízimo.
Sou um religioso envolvido na mídia, porém, também lidero uma paróquia. Sei que quando um padre começa a falar sobre o dízimo, as pessoas costumam dizer: “este padre é dinheirista”. Por isso, muitos padres evitam falar sobre o assunto.
Há pessoas que acham que o salário de um padre é proporcional ao número de fiéis dizimistas. No entanto, elas estão enganadas. Nem eu e nem nenhum outro padre é comissionado!
O dízimo é bíblico! É um mandamento da Igreja e ele tem três dimensões:

* Missionária. Serve ao trabalho realizado pela Igreja no Mundo.

* Social. Favorece o atendimento aos pobres.

* Religiosa. É destinado à manutenção dos templos e de todos os serviços que permitem eles funcionarem.

Dízimo é uma coisa, oferta é outra
Dízimo é a taxa de 10% do nosso salário. Percentual que a bíblia indica que devemos dar a Deus.
Tudo é de Deus. Nós somos dele e nosso salário também, uma vez que, tudo vem de Deus. Na verdade, ao darmos o dízimo, estaremos “devolvendo” para Ele, parte do que é dele (10%). E, quem não é fiel ao pagamento do dízimo está enganando a Deus.
Muitos indicam começar a prática de ser dizimista com 1%, mas este não é o percentual citado na bíblia! Há também quem fale em outros valores, outras porcentagens, porém, o correto é 10%.
Abordar esse assunto sempre será muito difícil, porque várias pessoas acham que a Igreja é dinheirista. Isso, apesar de haver dezenas de referências na bíblia sobre os pagamentos do dízimo e das ofertas.
Cristo nos ensinou que devemos sempre viver na verdade, na justiça e na caridade. E, Jesus não abrandou o dízimo. Ao contrário, ele o colocou no mesmo patamar dessas virtudes, mostrando-nos que ser dizimista é tão importante quanto viver na verdade, justiça e na caridade.
Uma das mais importantes passagens que versa sobre o dízimo está na carta de Malaquias, 3-10s. Este versículo fala que ao darmos o dízimo, faremos uma experiência com Deus, provaremos suas bênçãos.
Pensamentos equivocados
Nem mesmo aqueles que ajudam à Igreja voluntariamente e dão ofertas nas missas, estão isentos do pagamento do dízimo. O mesmo se dá com os padres, bispos e até mesmo o papa, pois, devemos pagar o dízimo, igualmente.
A fé tem de passar pela caridade e também pelo bolso. As ofertas dadas nas missas são entregues aos pobres.
A falta de pagamento de dízimo por parte de muitos fiéis obriga às Igrejas lançarem mão de festivais de prêmios, festas, ações entre amigos, entre outras estratégias, para poder arrecadar fundos capazes de cobrir reformas dos templos, ajudar a catequese e as demais pastorais. Se todos os fiéis cumprissem com essa obrigação, o montante arrecadado certamente seria o suficiente para arcar com todas essas despesas.
Em alguns países, o dízimo vem descontado nas folhas de pagamento, como se fosse um imposto. Parece engraçado, mas é verdade. Concordo com esta postura, pois acho que é uma forma das pessoas contribuírem com o que é certo. Mas, como a prática não é adotada no nosso país, cabe a cada um de nós, fazermos a nossa parte.
Deus não precisa desses 10%! Não é a Ele que você vai dar esse valor e sim, à Igreja, que cuida de tantas necessidades – missionárias, sociais e religiosas. É ela quem precisa ser mantida!

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